Biografia

A expressão criativa encontrou a pintora Joana Tubal cedo. Nascida no Outono de 1987, em Lisboa, a artista cresceu a explorar as ruas desta cidade usando meios diferentes para ilustrar as suas ideias até encontrar na pintura o seu veículo de excelência — e nos trajes tradicionais um tema fértil. 
Licenciada em Design, no IADE (Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing), Joana Tubal começou por explorar o mundo à sua volta através da máquina fotográfica. Seguiram-se uma pós-graduação em Fotografia e Arte Contemporânea, no Atelier de Lisboa e, mais tarde, um mestrado em Fotografia na Academia Royal des Beaux Arts, uma referência no ensino criativo de Bruxelas.
A fotografia foi o início de um estudo apaixonado sobre o mundo à sua volta. Através deste meio, a artista sentia-se capaz de em poucas imagens representar uma realidade imensurável, contando uma história que de outra maneira não seria possível de ilustrar. 
Joana Tubal sempre abordou o seu trabalho em fotografia de uma forma multi-disciplinar, pedindo emprestado à pintura muitos dos seus elementos. “Ainda me falta encontrar uma forma de criar arte fotográfica que vá para além da câmara,” disse um dia a propósito de um projecto que iniciou em Bruxelas.
A pintura sempre caminhou a seu lado mas em 2018 deram as mãos num percurso exclusivo que teve início na Índia, para onde se mudou com a familia.
Nesse momento, a fotografia passou para segundo plano por não permitir a amplitude necessária para captar as cores do seu novo país de residência. “Viver num país riquíssimo culturalmente mas com tantos problemas faz-nos pensar na vida de forma diferente. Por isso decidi pôr de parte esse sentimento e procurar a cor,” explicou Joana Tubal.
Os trajes incandescentes das mulheres indianas foram o início de um projecto que já deu a volta ao mundo. Nesta série de quadros, onde reinam a cor e as formas geométricas, a artista celebra a importância da roupa, não como um meio que nos permite aquecer e proteger do frio mas como um veículo que promove sentimentos de pertença e comunidade, e do papel das mulheres em estabelecer estes laços.

​

​

Ana Rosado